A Captura da Corça

Por Alice A. Bailey, Os Trabalhos de Hércules

A Captura da Corça.

 

O Grande Ser que Presidia fala ao Mestre sobre Hércules: “Submetei-o a uma prova que exija a mais sábia escolha. Enviai-o a trabalhar num campo onde precise decidir qual a voz, entre todas as vozes, que despertará a obediência em seu coração. Submetei-o a uma prova que também seja de grande simplicidade no plano exterior, e ainda assim uma prova que desperte, no lado interno da vida, a plenitude de sua sabedoria e a correção de seu poder de escolha. Que ele dê início à quarta prova. ”

Para conhecer o mito , clique no link :Câncer

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Tarefa de Câncer Carta do Jogo do Heroi
Tarefa de Câncer
Carta do Jogo do Herói

 Segundo Alice Bailey, três palavras  resumem o aspecto consciente do ser humano em evolução: instinto, intelecto e intuição. Câncer é o signo do instinto, o qual sublimado se manifesta como intuição (simbolizado pela corça). A grande necessidade de Hércules, no momento, é desenvolver a intuição.

A palavra HIND em inglês (corça , cervo ou gamo) é derivada de um termo gótico que significa “aquilo que tem de ser agarrado”, isto é, algo que é esquivo e difícil de ser  preso e guardado.

O nativo não-desenvolvido de Câncer, está imerso na massa; é uma parte inconsciente do grande todo, e assim, o homem comum  está sujeito ao impulso para destacar-se da massa à qual está preso pelo instinto, e a desenvolver a intuição  que lhe permitirá erguer-se  acima dela.

A corça que Hércules procurava  era sagrado para Ártemis, a Lua (instinto), disputado por Diana, a caçadora dos céus (intelecto)  e por Apolo , o deus-sol (intuição).

O instinto é a consciência da forma e da vida celular, o modo da forma estar consciente e alerta:  Ártemis disputa o gamo sagrado. Em seu próprio lugar, o instinto  animal é tão divino quanto aquelas outras   qualidades que consideramos  como mais estritamente espirituais.

Diana,  reclama a corça porque para ela, a corça é o intelecto  e o homem, o grande caçador  diante do Senhor.

Porém não era a corça, o instinto, que Hércules  procurava , nem tampouco o gamo, o intelecto.  Era algo mais, e por ele passou passou um ciclo de vida caçando, capturando-o  e levando-o para o templo, onde foi reclamado pelo deus-sol , que reconheceu  na corça a intuição espiritual, a extensão da consciência  que dá  um visão de novos campos de contato e revela um novo mundo de ser.